segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Hoje eu acordei para sorrir mostrar os dentes
Hoje eu acordei para matar o presidente

Hoje tem festa, ele vai tá eu vou
Vai ser perfeito
eu vou fazer o que você jamais teria feito.

Hoje eu acordei feliz
Sonhei com ele a noite inteira
Eu sempre quis
Hoje eu acordei feliz
Sonhei com ele a noite inteira
Eu sempre quis
Só não quero acordar!

Chegou ficou do lado não parou de olhar pra mim
Eu sinto lhe dizer mas sou a mulher que ele é a fim
O sexo é bom o amor, melhor, os dois então perfeito
Eu vou fazer o que você jamais teria feito

Hoje eu acordei feliz
Fiquei com ela a noite inteira
Eu sempre quis

Chegou ficou do lado
Já sentiu um pouco daquele efeito
Eu vou fazer o que você jamais teria feito
Não quero acordar...Não!

Charlie Brown Jr - Hoje eu acordei feliz

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

" Eu imagino diálogos antes de consumá-los e não sei lidar com suas lacunas ocasionais. Às vezes penso tanto antes de falar, que nada falo. E vivo para me arrepender do que não aconteceu. "


Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho: o de mais nada fazer. É, creio que realmente não se tem mais nada a fazer.

Clarice Lispector ( adaptado)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus? Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo. Aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim. Dilacerando felicidades de mentira, desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto. É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias, me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias. É agora que quero dividir maçãs, achar o fim do arco-íris, pisar sobre estrelas e acordar serena. É para já que preciso contar as descobertas, alisar seu peito, preparar uma massa, sentir seus cílios. “Claro, o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. Mas e o dia de hoje?” Não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar. Não negue, apareça. Seja forte. Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto. Não posso esperar. Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes. Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido, sem passados. É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes. Chame do que quiser. Mas venha. Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates... Apague minhas interrogações. Por que estamos tão perto e tão longe? (...) Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha. Não sou pedaço. Mas não me basto

Caio Fernando Abreu ♥

segunda-feira, 23 de agosto de 2010


Não sei, parece que o acaso me leva a você. Parece que quando tá dando pra não pensar tanto nesse amor você vem de forma inesperada, nas formas mais singelas você aparece, pra querer lembrar o quanto eu te amo e o tamanho gigantesco da tua falta. Eu queria por um momento te esquecer. Queria por um momento pensar mais em mim, ter noites tranquilas e fazer de conta que tu não altera em nada na minha vida. Engraçado, a vida chega até a ser ironica comigo ... fazendo de tudo pra eu não te esquecer um só segundo. Já tentei te matar tantas vezes na minha vida, mais por favor, me diz, quantas vidas você tem? Eu só quero te esquecer. Mais pra isso, tenho que lembrar mais de mim porque eu sou tão sua, que merda, eu sou tão sua ... e você é de outra.
Ana Eliza

domingo, 22 de agosto de 2010

Engenheiros do Hawaii - Perfeita Simetria

-

Toda vez que toca o telefone eu penso que é você
Toda noite de insônia eu penso em te escrever
Pra dizer que o teu silêncio me agride
E não me agrada ser um calendário do ano passado
Prá dizer que teu crime me cansa
E não compensa entrar na dança
Depois que a música parou ♪

sábado, 21 de agosto de 2010


-

Lembranças. Apenas o que restou entre eu e você. Saudade. Isso que você deixou em mim. Não consigo entender todo esse amor que eu tenho guardado, esse amor que eu tenho pra te dar e infelizmente você não quer receber. Você deixou em mim um grande espaço, um grande vazio, será que dá pra vim preencher ele logo? Tanta falta dos nossos momentos, de quando você vinha me ver, das nossas brincadeiras, das nossas galudisses, dos nossos beijos e carinhos. Saudade do teu cheiro, do teu cabelo, da tua orelha, da tua pele. Vontade de querer saber como foi teu dia, o que tu fez na faculdade, se tá se cuidando direitinho, se tá tudo bem na tua familia, de saber se tu vem ou não me ver, de saber se tu anda fazendo alguma besteira. Eu sei que hoje não represento nada na tua vida, mais saiba que eu queria muito que você fosse a MINHA VIDA. Queria teus beijos, queria teu jeito de cuidar de mim e até mesmo o jeito de não se importar. Aquelas musicas que me lembram você tocam constantemente em minha casa, e até parece que por um momento, enquanto estou ouvindo, sinto a tua presença. E todos os carros parecem o seu, e todos os meninos de boné parece você e poxa, eu sinto tanto tua falta :/
Queria saber quanto tempo falta pra tu perceber que eu tô aqui de braços abertos te esperando. Que eu tô aqui pra fazer diferente, pra te amar intesamente, pra tentar resgatar um pouco de nós dois, pra te fazer perceber o quanto de felicidade eu posso te dar. Então, por favor, não demora muito. Eu posso não aguentar te esperar tanto. Volta, mais volta mesmo ♥

quarta-feira, 18 de agosto de 2010


(...) ai, a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão.. As vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'. Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos. Ser ridícula, inadequada, incoerente e nao estar nem ai pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções. Nós, que nao aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado. Um dia a gente cria juízo. Um dia. Não tem que ser agora. Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate, 10 drinks de 'sex in the beach', uma caixa de trufas bem macias e ele, nu, embrulhado pra presente. Ok? Não necessariamente nessa ordem. Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.

Danuza Leão (adaptado)



Eu sei que por muitas vezes você perdeu o fôlego só por estar ao lado dele e deseja impacientemente que a sua perda de fôlego hoje fosse pelo mesmo motivo, ao invés de ser pela falta que ele te faz. Eu sei que quando você olha pra algum canto da sua casa em que ele esteve ou em que você esteve com ele, bate um aperto no peito. Eu sei que todas as vezes que o telefone toca perto das sete, você deseja que seja ele. Eu sei que em algumas noites você deseja com toda a sua força que o sono venha, porque você não suporta mais pensar que não o verá no dia seguinte. Eu sei que você fica pensando naquele sorriso doce que só ele tinha, no jeitinho que ele balançava o cabelo e na forma toda desleixada dele andar. Eu sei que ás vezes você se pega imaginando cenas onde você e ele estão juntos e felizes novamente. Eu sei o quanto você sente falta daquele abraço apertado, e também sei que você faria de tudo para sentir ele só mais uma vez. Sei que tem vezes que você fecha os olhos e parece que está beijando ele novamente, como se fosse a primeira vez. Eu sei muito bem o quanto você sente falta dos beijos dele. Sei de tudo isso e mais um pouco. Sei que você se preocupa com o jeito que sai de casa, porque sai pensando que por um deslize você o encontre na rua. Sei que você é capaz de tudo pra ter ele de volta. Aqueles defeitos irritantes que só ele tinha, aquele jeito teimoso e aquela mania de sempre querer te tirar do sério, eu sei da falta que isso faz. Eu sei que você revive cenas, volta no tempo, deseja que seu passado se torne presente mais uma vez. E eu sei a dor que você sente quando descobre que seus planos de um futuro ao lado dele, não serão mais realizados. Eu sei o quanto as lembranças insistem em aparecer na sua mente. Eu sei que cada detalhe, cada lugar, faz você lembrar dele. Eu sei que você se proibiu de abrir aquela caixa com bilhetes, papéis, cartas, fotos, enfim, memórias. Mas eu sei também que você acabou fazendo o contrário, que já se viu abrindo a tal caixa diversas vezes e que ao fazer isso bateu uma saudade gritante no seu peito. Aquela música que ele cantou para você, a mesma música que tocou na primeira vez que vocês se beijaram, a música que era só de vocês, eu sei que você se proibiu de escutá-la. Eu sei que em algum dia você sentiu no ar aquele perfume que só ele tinha, e que ficou olhando para os lados na esperança de vê-lo novamente. Eu sei a falta que você sente do cheirinho dele. Eu sei como você sente falta dos amassos no quarto, no sofá, no terraço… e dos mil jeitos de esconder isso dos outros. Eu sei da confiança que você tinha nele, sei das palavras de conforto que ele te dizia que nem eram tão extraordinárias assim, mas que para você soavam como o melhor poema do mundo. Eu sei que você fica relembrando aquelas conversas que até um tempo atrás pareciam ser tão inúteis, mas que hoje fazem muita falta. Sei da dor que você sente só de imaginar, que ele pode estar sendo feliz com outra pessoa. Seja pela falta, pela dor, pelas lembranças, pelos sonhos, eu sei muito bem das lágrimas que você já chorou e que infelizmente ainda vai chorar. Eu sei, e como eu sei. Também sei que você já cansou de encontrar jeitos para esquecê-lo, e que você talvez já se convenceu que nunca irá esquecer. Sei que você já buscou em outros rostos, outros corpos, uma forma de esgotar essa falta. Mas eu também sei que no final você viu que isso só aumentou seu sofrimento, e que assim descobriu que seu amor é realmente único e insubstituível. E eu sei que parece que ninguém entende o que você sente, e que tudo o que te dizem soa como “mais alguma coisa” para teus ouvidos. Eu sei que no meio de tantos amigos, risadas, momentos, você se sente perdida e que trocaria tudo pela companhia daquele menino. Eu sei o quanto você sente falta de fazer nada ao lado dele. Eu sei o quanto ele te dava atenção, e o quanto ele te fazia se sentir única e amada. Eu sei que você torce para seu celular tocar, e que seja ele dizendo que está com saudades e que quer muito voltar para você. Eu sei que você espera todos os dias pra receber de volta aquela mensagem: “tenha um bom dia meu amor”. Eu sei que você abre diversas vezes o seu e-mail esperando encontrar algum oi que seja. Eu sei o quanto você gostaria de ouvir só mais uma vez um “eu te amo”. Eu sei como você amou esse garoto. E eu sei também, e mais do que ninguém, o quanto você ainda ama esse garoto.


(Fernanda Quartarolli)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Porque por alguma razão maluca a felicidade me escraviza, me paralisa, me faz ficar triste. Eu olho para você e tenho tanta, mas tanta alegria em saber que você existe, que sinto ódio. Ódio de eu não mais esperar por você (...) Você me roubou de mim mesma. E eu sou tão ciumenta que estou com ciumes de mim. Você me tirou da minha vida incompleta. E me transformou numa completa idiota.
O amor é uma doença. Eu sinto náuseas, febres, dores musculares. Eu acordo assustada no meio da noite. Eu choro à toa (...) E quando você não está por perto, eu caio. Porque não sei nada desse mundo de alegrias e coisas bonitas (...) Se eu tentar fugir, escorrego no perfume da minha nova vida. A nova vida que não sei viver. A nova vida que quero viver ao seu lado. Ao lado do homem que eu odeio porque nunca amei tanto (...) Agora eu estou aqui, inconformada com o seu passado, querendo matar suas lembranças. Com ciumes do seu silêncio porque ele está com você há mais tempo do que eu e eu tenho medo do quanto ele te consome, com ciumes do seu sono porque ele te leva do meu foco.
Com raiva da sua importância porque ela me congela, com raiva do tempo que não dura para sempre quando você me olha sabendo das minhas loucuras e ainda assim me amando
(...) Agora eu estou aqui, de quatro, de lingua no chão, te odiando muito, virando a cara, socando você, cuspindo em você, te tratando mal, tudo isso porque não sei lidar com o mundo girando na minha barriga, a tontura do amor, o enjôo do vício em você, a dor do músculo quando me separo.
Pode parecer maluco, mas todas as minhas súplicas para que você desista de mim, é um jeito maluco de pedir que você não desista nunca, pelo amor de Deus.

domingo, 8 de agosto de 2010

Mas você tinha medo, não de amar, não de nadar, mas de me amar, de nadar comigo. Segurei tua mão e pedi que viesse comigo, que me ensinasse, eu queria aprender a nadar com você. Mas você com seu medo preferiu não se envolver. O que você não percebeu é que você se foi, mas eu continuei ali, nadando, e levou algum tempo para que eu percebesse meu sonho solo, meu nado desincronizado de um coração agonizado. Doeu, machucou, alguma parte em mim se foi. E, se não era a sua intenção eu me afogar, então, por que soltou a minha mão?
Não adianta tentar tirar da cabeça quem se alojou no coração. Não adianta fingir que não sente na tentativa de passar a não sentir. E quer saber? Te amo. Te amo de um jeito que eu tento explicar e não sei. Palavra fica presa. Engasgo, afogo e uso palavras pela metade.. Mas quer, de novo, saber? Meu coração nunca foi pela metade: sempre foi-inteirinho-seu!