E de novo então me vens, e me chegas, e me invades, e me tomas, e me pedes, e me perdes, e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos, e abres a boca para libertar novas histórias, e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida.
Caio F. Abreu.
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