terça-feira, 1 de novembro de 2011


Meus olhos te viram triste olhando pro infinito tentando ouvir o som do próprio grito. E o louco que ainda me resta só quis te levar pra festa, você me amou de um jeito tão aflito. Que eu queria poder te dizer sem palavras, eu queria poder te cantar sem canções, eu queria viver morrendo em sua teia, seu sangue correndo em minha veia, seu cheiro morando em meus pulmões. Cada dia que passo sem sua presença sou um presidiário cumprindo sentença, sou um velho diário perdido na areia esperando que você me leia. Sou pista vazia esperando aviões, sou o lamento no canto da sereia esperando o naufrágio das embarcações.
Esperando aviões - Vander Lee.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Eu sei que não está sendo dificil só pra mim, você também está sentindo minha falta. Depois de tantas idas e voltas e brigas e palavras afiadas só nos restou o orgulho. Eu não te procuro nem você me procura, mesmo que estejamos morrendo por dentro.
Eu sei a cura pra isso tudo, eu sei qual é o remédio que pode aliviar essa tensão, esse mal estar de não estar com você. Você também sabe, você sabe que me ama. 
Nessa história a dois não sobrou nenhum de nós dois pra tentar juntar os cacos, e mesmo que tentassemos não conseguiriamos refazer o que foi desfeito por culpa nossa.
Eu sei que você ainda me quer e eu te quero tão bem, mas não consigo entender em que momento tudo isso se perdeu. Não entendo qual foi a falha, em qual momento você gritou meu nome e eu não atendi, em que parte da história você me deu a mão e eu não consegui te erguer e te trazer pra mais perto de mim.
E sabe de uma coisa? Nunca nos esqueceremos. Você fica ai, do outro lado do mundo, esperando uma ligação minha, e eu fico aqui, na parte escura da vida tentando fazer você entender que se você me ligasse agora eu te diria tanta coisa.
Deixo sinais, frases de reflexão, pistas, tudo pra que você saiba que eu ainda te quero tanto. Mas meu amor, esse nosso amor ficou pra depois. E eu me pergunto a cada minuto se o depois pode chegar logo porque sinceramente essa falta tá tomando de conta de mim.
Então, não perde tempo. Volta logo enquanto só se passou uma semana e eu ainda lembro de tudo que fiz nessa semana pra te contar. Volta enquanto meu olhos só querem te ver e minha pele só quer te sentir. Volta e tira essa dor, esse peso de mim. Volta antes que essa ponte se quebre e o elo se perca. Volta.

Ana Eliza

sexta-feira, 9 de setembro de 2011


Confesso que ando muito cansado, sabe? Mas um cansaço diferente .. um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem. Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar, um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser, que quero fazer. Confesso que você estava em todos esses meus planos, mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos, se derramando, não me pertecendo. Estou realmente cansado. Cansado e cansado de ser mar agitado, de ser tempestade .. quero ser mar calmo. Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo. Confesso, confesso, confesso. Confesso que agora só espero você. Suas confissões. 

Caio Fernando Abreu

Se ainda não temos a técnica de versar sobra industrial em combustível, pelo menos deixe-se descobrir que lixo sentimental pode ser a gasolina alternativa pra te jogar pra frente. Tudo que arde, flama. Tudo que flama vira carvão. Com carvão se abastece fogueira. E é a fogueira acesa dentro de nós que devolve a luz no fim do túnel ou do namoro. Comece - ironicamente - seguindo o conselho de quem deixou de te amar. Cuide de você.

Gabito Nunes

domingo, 21 de agosto de 2011

 

Agora vamos ter os girassóis
Do fim do ano
E o calor vem desumano
Tudo irá se expandir
Crescer com as águas
Quiçá, amores nos corações
E um santeiro,
Milagreiro
Prevê a dor
De terceiros
E diz que a vida
É feita de ilusão
E um santeiro,
Milagreiro
Prevê a dor
De terceiros
E diz que a vida
É feita de ilusão
Aquela que um dia o fez sonhar
Se foi com o outro
No dia em que os dois
Se casariam por amor
Ele aluou
Hoje o seu pesar
Cintila nos varais
Usou as sete vidas
E não foi feliz jamais
Toda a imensidão
Passou pela vida
E foi cair na solidão
Mais um santo para esculpir é o que lhe vale
Pra evitar que o rancor suas ervas espalhe

segunda-feira, 15 de agosto de 2011


E eu escrevo um parágrafo e corro pra ver se tem e-mail. E eu escrevo uma linha e corro pra ver se tem mensagem de texto. E eu não escrevo nada e também não corro, apenas deixo você chegar aqui do meu lado, em pensamento. E me pego sorrindo, sozinha. E me pego nem aí para todo o resto. Mas sabe o que acontece enquanto isso? Enquanto eu não me movo porque estou lotada de você e me mover pesa demais? O mundo acontece. O mundo gira. As pessoas importantes assinam contratos, ganham dinheiro. As pessoas simples lutam por um lugar na condução, um lugar no mundo. Estão todos lutando. Estão todos ganhando dinheiro. Estão todos fazendo algo mais importante e mais maduro do que suspirar como uma idiota e só pensar em você. Eu tenho muita inveja dessas pessoas maravilhosas, adultas, evoluídas e espertas que conseguem separar a hora de ir a uma reunião de condomínio com a hora de desejar alguém na escada do condomínio. A hora de marcar o dentista com a hora de engolir alguém. A hora de procurar a palavra "macambúzio" no dicionário com a hora de se perder com as suas palavras que de tão simples parecem complexas. A hora de ser inteira e a hora de catar meus pedaços pelo mundo enquanto você dá sinais  desmembrados. Eu não consigo nada disso, eu me embanano toda, misturo tudo, bagunço tudo. A minha única dúvida é se sou a única idiota a fazer isso comigo ou se sou a única idiota a admitir que faço isso comigo.

E narra todas as infinitas vezes em que você passou por trás de mim, esperando que eu me virasse e concordasse com seu "oi" cordial. Preferindo que eu não me virasse, assim você podia não sentir essas coisas complicadas todas que sentimos juntos. Então, cansada de te narrar, chamei firme seu nome, com um sorriso maduro. Mordendo a língua que tremia batendo no céu da boca. Minha língua, quando te vê, quer logo te dizer coisas lindas e assustadoras. Então é uma luta prendê-la no céu, deixando na terra apenas meu cordial "oi" que você queria sem querer. (...) Você com sua mania de conversar quase dentro da minha cara. Eu vesga de te ver tão perto. Seu charme míope e inseguro. O menino inseguro que conversa colado na minha retina. Que insegurança é essa? Eu não te pergunto nada, apenas desejo tanto você que sorrio como se não me importasse com sua existência. Mas você resolve se explicar mesmo assim. Porque "seus olhos estão sempre me perguntando algo", você diz. E você começa sua loucura que me faz gostar ainda mais de você.

'Preciso que alguma coisa muito, muito boa aconteça na minha vida. Alguma coisa, alguma pessoa. Acho que tenho medo de não conseguir deixar que o passado seja passado, de aceitar verdades pela metade, e viver de ilusão. Eu preciso muito, muito deixar acontecer o momento da renovação, trocar de pele, mudar de cor. Tenho sentido necessidades do novo, não importa o quê, mas que seja novo, nem que sejam os problemas. Preciso abandonar essa “mania de passado”, retirar os entulhos, deixar a casa vazia para receber nova mobília, fazer a faxina da mente, da alma, do corpo e do coração'

De todas as coisas que ouvi falarem sobre o amor, nenhuma admitia meia entrega. Ninguém meio que ama, ninguém meio que se entrega. Amar é desfazer-se de si, de fato. É tolice ter pavor de sair do chão receando retornar ao mesmo lugar de partida, um dia. Aviso: encontrar alguém não significa dar fim à sua busca, dizimar com seus problemas. Com o amor outros virão, troca-se apenas de pendengas, vão-se os amargos e azedos, vêm os salgados ou os demasiado doces. A cabeça entende quando é a alma quem implora baixinho. ( GabitoN.)

sábado, 25 de junho de 2011


Fica mais um pouco e me deixa fazer parte da sua história. Quero o seu dia-a-dia na minha rotina e seu colo pra dormir. Quero nossos assuntos em pauta e nossa falta fazendo companhia. Eu quero mais que solidão a dois e inseguranças tristes para preencher cotidiano. Mais que sorrisos inconvicentes e quase amizades convenientes. Eu quero menos. Menos pensamento, menos dúvida. Um equilíbrio e você de brinde. Vamos nos atrasar, deixar o mundo acontecer do outro lado da porta enquanto a gente discute desenhos animados na cozinha e faz comida para o jantar. Esqueça a música alta, esqueça as pessoas e seus cumprimentos tediosos, é sábado, deixa pra lá. Tudo o que a gente precisa está aqui. Tem eu, tem você, tem uma madrugada inteira de nós dois. E isso é tudo.

Verônica H.

terça-feira, 21 de junho de 2011


Sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu deus como você me doía de vez em quando, eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada, um tempo enorme só olhando você sem dizer nada, só olhando e pensando, meu deus mas como você me dói de vez em quando.

Caio Fernando Abreu.

De todas as coisas que você me deu, a melhor delas certamente foi a chance de escolher, escolher você, escolher ficar contigo e atravessar com algum alívio os dias que eu quero simplesmente morrer pra não ser intimado a depor sobre o meu sumiço. Você me ensinou muitas coisas, a melhor delas, me ensinou que o amor verdadeiro sempre espera um pouco mais pelos abraços atrasados. Foi só um susto. Um choque que você decidiu me dar pra afogar minha letargia. Pra me dar conta que livre de afeto não é viver, apenas matar o tempo. Eu me perguntava por que a gente estava perto demais e depois me questionei onde tudo se perdeu. Eu só queria perder a vontade de ligar todos os pontos de interrogação. Eu só quero você hoje. Não amanhã, não ontem, hoje. Agora. Não pra sempre - pra já. 

Gabito Nunes.

segunda-feira, 6 de junho de 2011


Só que agora você deve estar, sei lá, pegando uma outra garota pra levar ao cinema. E tudo bem por mim, sério mesmo. Sei bem que você sabe que a tal não merece mais que uns pacotes de pipoca, restaurante, beijos no carro. Posso imaginar como ela vai dizer, sei lá, me liga. E você vai responder com seu velho e irritante a-hã. Sabendo que não vai ligar. Não porque é um cara ruim, mas pela recorrente sensação de que acabou de largar em casa um quebra-cabeças de três mil peças que, olhando o modelo na caixa, talvez até valha o trabalho de montar. Mas, poxa vida, são três mil peças. E você detesta montar coisas.

Gabito Nunes

domingo, 5 de junho de 2011


Quando olhaste bem nos olhos meu e o teu olhar era de adeus, juro não acreditei. Eu te estranhei, me debrucei sobre o teu corpo e duvidei. E me arrastei, e te arranhei. E me agarrei nos teus cabelos, nos teus pelos, teu pijama . Nos teus pés, ao pé da cama. Sem carinho, sem coberta. No tapete atrás da porta reclamei baixinho. Dei pra maldizer o nosso lar, pra sujar teu nome, te humilhar e me vingar a qualquer preço, te adorando pelo avesso pra mostrar que ainda sou tua. Só pra provar que ainda sou tua.

Maria Bethânia - Atrás da porta.

quinta-feira, 2 de junho de 2011


É cedo pra dizer, ou tarde demais pra fugir. Talvez você seja um cachorro-cínico-egoísta apenas sendo gentil-romântico-atencioso só pra me enganar na sua cama. Mas se não for você, será outro qualquer. Melhor que seja você. É nisso que eu penso enquanto você arreda as teia de aranha que fizeram casa no centro das minhas coxas e na minha emoção. Pelo menos assim esqueço que você pode estar julgando as estrias na minha bunda agora mesmo.

Gabito Nunes.

terça-feira, 24 de maio de 2011


Tente. Sei lá, tem sempre um pôr-do-sol esperando para ser visto, uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem. Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe. Se a realidade te alimenta com merda, meu irmão, a mente pode te alimentar com flores. Eu não estou fazendo nada de errado. Só estou tentando deixar as coisas um pouco mais bonitas.

segunda-feira, 23 de maio de 2011



Eu poderia me reinventar te contando como passei meus últimos dias, mas penso que as informações seriam meio incompletas, só sei do gosto de vodca e preguiça que não levantam comigo, misturados com o perfume agressivo de outros rapazes que dormi junto desejando acordar nunca mais. Os papos chatos, os sabores de beijos secos que não se sobrepõem ao seu na minha língua, as músicas altas demais que ouço com a manifesta intenção de estourar um tímpano, e explodir dentro de mim tudo que você ainda representa. Olha pra mim. Ando finalmente me divertindo, sendo feliz pela noite, e transcorrendo os dias como se o futuro bonito fosse o que realmente parece ser - apenas um elogio falso pra gente sentir que sonhar é tão bacana quanto viver. Embora eu ainda acorde quente e molhada de pesadelos que tenho contigo, sempre de olhos abertos e inchados, claro. Dele, eu interpreto que o amor não passa de um cachorro louco, dando voltas, correndo atrás do rabo, babando doente de raiva. Você é meu eterno agosto, rapaz. Louco e amargo.

Gabito Nunes.

Hoje eu ouço as canções que você fez pra mim. Não sei por que razão tudo mudou assim. Ficaram as canções e você não ficou, esqueceu de tanta coisa que um dia me falou. Tanta coisa que somente entre nós dois ficou. Eu acho que você já nem se lembra mais, é tão difícil olhar o mundo e ver o que ainda existe, pois sem você meu mundo é diferente, minha alegria é triste. Quantas vezes você disse, que me amava tanto. Tantas vezes eu enxuguei o seu pranto, agora eu choro só, sem ter você aqui. Esqueceu de tanta coisa que um dia me falou, tanta coisa que somente entre nós dois ficou. Eu acho que você já nem se lembra mais. É tão difícil olhar o mundo e ver o que ainda existe, pois sem você meu mundo é diferente, minha alegria é triste. Quantas vezes você disse que me amava tanto, quantas vezes eu enxuguei o seu pranto, e agora eu choro só sem ter você aqui.

Maria Bethânia - As canções que você fez pra mim.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Aquele olhar era algo que eu jamais esqueceria. Poderia passar mil anos, mas a intensidade daquele olhar eu não ia esquecer nunca. Você me olhou profundamente e entregou todas as cartas. Eu pude ver seu interior, seus medos e seus pensamentos mais ocultos. Sem receio algum, você deixou cair uma lágrima. Nunca tinha visto nada igual, aquela única lágrima era um oceano de sentimentos guardados, de palavras não ditas, de dúvidas assombrosas. Você me mostrou o seu lado mais frágil e então eu pude perceber que era muito mais do que eu poderia imaginar.
Era mais do que desejo, era mais do que paixão, era simplismente amor. Não, não era amor, era mais que isso. Era todos os seus planos, todos os seus sonhos e desejos, tudo ali, na minha frente. E eu estava parada, imóvel. Não sei quantos segundos ao certo durou aquela cena, talvez minutos ou até mesmo horas. Eu fugia entre os seus dedos, eu estava indo embora junto com sua única lágrima. Era tão dolorido suportar durante anos uma culpa que eu não tinha, então tudo se resumiu naquela única frase: Chegou ao fim.
Combinamos de seguirmos separados, mesmo sabendo que nossas almas se entrelaçaram. Mesmo sabendo que pertenciamos um ao outro muito mais do que poderiamos imaginar. Mas seria assim, a distância juntamento ao tempo se encarregariam de juntar os cacos. Pode ser o fim de uma história, mas prefiro acreditar que é o inicio de um recomeço. Em alguma esquina nossas vidas ainda irão se cruzar, então eu poderei enxugar aquela lágrima e permanecer naquele olhar.

Ana Eliza.

sábado, 14 de maio de 2011


Queria e quero — ainda. Voar junto com alguém, não sozinho. Mas todos me parecem tão fracos, tão assustados e incapazes de ir muito longe. Talvez eu me engane, e minhas asas sejam bem mais frágeis que meu ímpeto. Mas se forem como imagino, talvez esteja fadado à solidão.

Como assim eu mudei? Quando? Quando deixou de ser aquilo que era. Até mesmo quando deixou de fazer questão de todas essas coisas que eu resolvi dar importância. E só dei importância porque quis que você soubesse o quanto eu o amo, o quanto sempre o amei. Antes eu nunca tivesse dito absolutamente nada do que eu disse. De repente, não estaria doendo como dói agora. Mas mesmo querendo muito a sensação de me arrepender de ter dito tudo o que eu disse, prefiro mesmo que você saiba. Um dia talvez você entenda o quanto a sua distração me dói, o quanto esse seu silêncio me rasga. O quanto machuca ver que se estragamos o que poderíamos ser, não foi por causa das nossas muitas brigas ou diferenças, foi porque desistimos de ser aquilo que sempre fomos não querendo estragar o que já tínhamos sido sem erro algum. E se isso vai te fazer feliz então seja. Mas não vai ser comigo.

quarta-feira, 11 de maio de 2011


Estou morrendo por dentro, você está me matando. E eu morro porque sei que você não está cuidando do nosso amor, como eu te pedi. Morro em saber que você está fazendo do nosso lar algo banal, em que qualquer um pode entrar e sair na hora que quiser. Você está entregando as chaves da nossa morada pra pessoas que jamais irão conhecer seu lado emocional e afetivo. O lado que só eu conheço profundamente e que seria capaz de tudo pra nunca desconhecer isso tudo. Você não enxerga o tamanho do mal que está causando, não enxerga a dor, a dilaceração da alma. Não posso te pedir que pare, já nos perdemos. Você não me escuta, não me ouve e nem fala nada. Aquela telepatia que tínhamos está com um grande defeito e não conseguimos concertar. Existem barreiras, montes, morros. As coisas estão diferentes, desbotadas. Seu olhar não me diz o que eu quero saber, você está acabando com tudo. Eu morro a quilometros de distância. Eu morro sozinha e você não é capaz de perceber isso. Ou talvez perceba, talvez até essa seja sua intenção. Mas antes que tudo chegue ao fim só te peço que se ainda pensa em recomeço não creme a minha alma pois quando restar só as cinzas esse fogo não irá voltar a consumir.

Ana Eliza.

segunda-feira, 9 de maio de 2011


Hoje quando eu te vi não tive vontade de correr em sua direção, de lhe dar um abraço forte, nem de perguntar como vão as coisas ou de só olhar nos seus olhos; hoje quando lhe vi não senti vontade de fazer nada, apenar continuei meu caminho.

sexta-feira, 6 de maio de 2011


Então tá combinado, é quase nada, é tudo somente sexo e amizade. Não tem nenhum engano nem mistério. É tudo só brincadeira e verdade. Podemos ver o mundo juntos, sermos dois e sermos muitos, nos sabermos sós sem estarmos sós. Abrirmos a cabeça para que afinal floresça o mais que humano em nós. Então tá tudo dito e é tão bonito e eu acredito num claro futuro de música, ternura e aventura pro equilibrista em cima do muro. Mas e se o amor pra nós chegar, de nós, de algum lugar com todo o seu tenebroso esplendor? Mas e se o amor já está, se há muito tempo que chegou e só nos enganou? Então não fale nada, apague a estrada que seu caminhar já desenhou, porque toda razão, toda palavra vale nada quando chega o amor.

Maria Bethânia.

Mesmo que a gente não fique juntos pra sempre. Mesmo que acabe semana que vem. Nunca destrua o meu carinho por você. Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, sorri ou aparece no olho mágico da minha porta. Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres depois de me deixar. Me deixe um dia, se quiser. Mas me deixe te amando. É só o que eu peço.
" Eu adoraria te encontrar e te dizer os piores desaforos, te chamar de tudo, berrar os palavrões mais inqualificáveis, abalar teus brios, mas não faço nada disso (...) ainda quero te conquistar, por isso não apareço na tua frente, não te xingo, nao te chamo de filho da puta, um pouco porque ter deixado de meamar não faz de você um filho da puta, mas principalmente porque tenho medo de que se houver em você um resto de amor por mim, esse amor irá por água abaixo quando você me ouvir te caluniar, te insultar, então me mantenho educadamente afastada, porque é a única saída que me resta para continuar sendo gostada por você, que absurdo, esse meu falso refinamento ainda é uma forma patética de sedução."

Martha Medeiros - Fora de mim.

Estou morrendo de vontade de ser eu, mas ser eu só tem me feito perder e perder. E eu quero ganhar. Só dessa vez. Chega. Mas eu quero me dar de bandeja pra você. Mas não. Depois eu demoro semanas pra me levantar porque fui intensa e vivi um dia. Não agüento mais nada disso. Por isso, dessa vez, eu não vou gostar de você. Tchau. Chega de fazer tudo errado. A minha vontade é te ligar, pra contar o quanto gosto de você. E te pedir em namoro. E me declarar. Falar palavras lindas, frases perfeitas, poéticas, sensíveis. Mas não! Eu sou uma mocinha. E mocinhas só se declaram depois de um mês de namoro. Ou depois que o garoto fala que gosta delas. Dessa vez vai ser assim. Chega. E se você não desistir mesmo com todo esse teatro que eu estou fazendo. Vai ser a prova de que eu precisava pra saber que você realmente vale a pena.

Tati Bernardi.

terça-feira, 3 de maio de 2011


Se a paixão fosse realmente um bálsamo, o mundo não pareceria tão equivocado. Te dou carinho, respeito e um afago mas entenda, eu não estou apaixonado. A paixão já passou em minha vida. Foi até bom mas ao final deu tudo errado e agora carrego em mim uma dor triste, um coração cicatrizado e olha que tentei o meu caminho mas tudo agora é coisa do passado. Quero respeito e sempre ter alguém que me entenda e sempre fique a meu lado, mas não, não quero estar apaixonado. A paixão quer sangue e corações arruinados e saudade é só mágoa por ter sido feito tanto estrago. E essa escravidão e essa dor não quero mais. Quando acreditei que tudo era um fato consumado veio a foice e jogou-te longe, longe do meu lado. Não estou mais pronto para lágrimas. Podemos ficar juntos e vivermos o futuro, não o passado. Veja o nosso mundo, eu também sei que dizem que não existe amor errado, mas entenda, não quero estar apaixonado.

(Renato Russo - Londe do meu lado)

sábado, 30 de abril de 2011


'Esse pode não ser o momento certo. Você pode não ser a pessoa certa. Mas há alguma coisa sobre nós que eu quero dizer. Porque há algo entre nós de qualquer maneira. Eu posso não ser a pessoa certa. Esse pode não ser o momento certo. Mas há algo sobre nós que eu tenho que fazer. Algum tipo de segredo que eu compartilharei com você. Eu falo com você mais do que com qualquer um em minha vida. Eu divido coisas com você mais do que com qualquer um em minha vida. Eu rio com você mais do que com qualquer um em minha vida. Eu saio com você mais do que com qualquer um em minha vida. Eu preciso de você mais do que qualquer coisa em minha vida. Eu quero você mais do que qualquer coisa em minha vida. Eu sentiria sua falta mais do que de qualquer um em minha vida. Eu amo você mais do que qualquer um em minha vida.'

quarta-feira, 27 de abril de 2011


'O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, os afastamentos que acontecem . Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras, voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser. Acontece que entre o ainda-não-é-hora e nossa-hora-chegou, muita gente se perde. Não se perca, viu ?'

O amor mais bonito.

 
No instante que me iludo, é quando você me esquece. Quando volto à tona, você mergulha nos meus olhos. Se eu te roubo rosas vermelhas, você faz "bem-me-quer". Quando hesito, é quando você já está na estrada. Se me perco no teu beijo, você fica tentando encontrar um caminho. Quando me encho de receio, você me diz estar pronta. Eu te ponho em xeque-mate, você me diz que cansou de jogar. Quando não quero me machucar, você me telefona no meio da noite. Eu vejo o sol nascer no mar, você se preocupa em não molhar os pés. Quando eu não durmo, é quando você sonha loucuras sobre nós dois. Quando sinto teu gosto na minha boca, você pede economia nos clichês. Se não quero parecer patético, você se diz um poema apaixonado. Eu quero parar o tempo, você procura seu relógio embaixo da cama. Quando me escondo, é quando você me quer em cima de você. Se apresso meu passo na sua direção, você engata a marcha ré. Quando reuno meus pedaços, você dá o coração para bater. Eu deito no seu colo, você se preocupa em fechar a janela. Quando me poupo, é o instante que você se dá de graça. Se ando em alta velocidade, você conta os níqueis pro pedágio. Eu perco as chaves, você insinua mudar pro meu apartamento. Um amor físico, fatídico, real, raro e patente. Um amor que nasceu, mas nunca viveu. Um amor que aconteceu, mas não foi ocupado. Daquelas comédias românticas que ninguém tem tempo de rir, pois já começa pelo final. Os amores mais bonitos são aqueles que nunca foram usados. 
 
Gabito Nunes
Quando vem isso, essa angústia, essa falta de eletricidade entre nós, te mando embora. Mas fico impressionada de como você muda na hora de ir. Fica mais bonito, mais comovente, mais engraçado, mais tentador, mais charmoso, mais irresistível. Mas, e daí? Fica. Foi uma crise dessas internas, quando o sentido de tudo sofre um mal súbito. Você sabe, eu procuro o amor romântico. O que vou fazer? Não sei me enganar. Acho que é instinto, algo muito maior que eu. Bastam uns dias sem te ver pra eu já não saber o que fazer com os próximos. Por um fio não pego um banquinho alto e tento me decapitar com a hélice do ventilador de teto. Talvez uma morte ridícula possa animar minha noite. Mas eu não quero morrer, é uma depressão, um cansaço que chega quando o sentido se esconde. São apenas mudanças. Nossas necessidades trocam o tempo todo, hoje carinho, amanhã sexo, depois dinheiro, romance, diversão, solidão, quietude ou merda qualquer. Quando vê a gente se perde. É só tudo perder o sentido e a gente se separa. É só a gente se separar pro sentido voltar. O brabo é toda hora ficar procurando uma nova canção que sirva pra nós. Isso me incomoda. Ontem, eu premeditei seriamente em te dizer "olha, senta aqui, não tá dando mais, acho que vou seguir um caminho diferente e mais fácil, não fala nada não, eu já me decidi". Eu realmente me sinto culpada por pensar assim, às vezes, toda semana. Não sei se você concorda comigo, mas estar junto não é tão ruim assim. Então, fica sempre pra depois. Não vou dizer que é tudo mágico. Mas eu também não quero perder nada. Você vai argumentar com alguém com todos aqueles trejeitos engraçados e quero estar lá pra rir. Vai roçar com a ponta de todos os dedos a barba mal feita no gogó e eu quero estar lá pra implicar. Eu quero protestar quando seus pratos não seguem a receita que achei na internet. Tem sempre um filme na tevê que ainda não passou. Não sei se é apego ou porque minha vontade de saber o que você vai me aprontar amanhã nunca cessa. Tem sempre algo que a gente sonhou fazer juntos e não quer deixar inacabado. Ninguém tira meia fotografia, ninguém viaja até a metade do caminho, não fica bem sair no meio de uma peça de teatro, ninguém telefona por meia pizza. Um trabalho não finalizado não é um trabalho. Vai ter sempre algo. Uma roupa pra buscar, uma festa de aniversário de algum amigo em comum, um truque novo na cama, um episódio de estreia daqueles seriados que você me ensinou gostar, a doença da sua mãe. Essas pequenas coisas. De algo em algo, a gente vai levando. As coisas que acabei de dizer, leve em consideração só até a meia-noite. Eu sempre tento virar a página sem grifar as partes importantes com alguma caneta de cor alarmante. Mesmo num amor de linhas tortas como o nosso, o fim parece um erro, como um ponto final no meio da frase. 

Gabito Nunes. 

sábado, 23 de abril de 2011


Se não fosse amor, não haveria planos, nem vontades, nem ciúmes, nem coração magoado. Se não fosse amor, não haveria desejo, nem o medo da solidão. Se não fosse amor não haveria saudade, nem o meu pensamento o tempo todo em você (...)

(...) e assim vamos fluindo, juntos, correnteza leve, por favor.Que não estamos assim muito prontos pra grandes tormentas.Tá tudo bem na verdade é só uma questão de se encontrar.Porque às vezes eu me perco e fico me procurando, e não me acho.Mas quem sabe assim, deixando que a água vá me levando, não dá certo, né?

quinta-feira, 21 de abril de 2011


Então vem, que eu quero amar você sem ter os pés no chão. Dona do meu sorriso te trouxe essa canção. Contigo quero me perder, num sonho em que te guardei, meu mundo ficou mais bonito desde que te encontrei. Tapete, mãos e pés, noite, chuva, sorriso, você é o resumo de tudo que eu preciso. Sol na madrugada que esquentou o meu colchão lua, gota e sol te mostro como é bom dois corações embalados na batida no mesmo compasso que alegrou a minha vida Se tudo fosse como eu quisesse, você estaria aqui se tudo fosse como eu quisesse, ninguém precisaria partir.

Mateus - Te trouxe esta canção

quarta-feira, 20 de abril de 2011


Poderíamos casar. Não chegaríamos sequer perto do exemplo de família perfeita. Teríamos um apartamento, quem sabe uma casa com jardim e um cão com pêlo brilhante. Improvável.Tomaríamos café as cinco da tarde. Você reclamaria o fato de eu ligar o chuveiro horas antes de ir para o banho. Eu, por você ter arranhado meu CD de jogo favorito. Eu não admitiria o quanto você fica bonito quando bravo e você não diria que lembra da cor do sapato que eu usei quando nos vimos pela primeira vez. Discordaríamos quanto a cor das cortinas. Não arrumaríamos a cama diariamente. A geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias.Adiaríamos o despertador umas trinta e duas vezes só para ficarmos horas na cama enrolando e falando qualquer besteira.Você me ensinaria alguma coisa sobre futebol, e eu te convenceria a assistir aquele filme no cinema. Sentaríamos na sala de pijama e pantufas, você iria direto para o caderno de esportes no jornal e eu comentaria alguma notícia qualquer. Você saberia o nome do meu perfume, eu saberia onde você largou a última edição da revista de música. Sairíamos pra jantar em algum dia de chuva e não nos importaríamos em chegarmos encharcados. Dormiríamos com o computador ligado.Nos beijaríamos no meio de alguma frase. Você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração.Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia. Saberíamos. Poderíamos casar. '

segunda-feira, 18 de abril de 2011


E meu maior medo é de ti ligar na madrugada e minha chamada ficar em espera porque você está justamente falando com ela. Aquela que agora tá fazendo você feliz de um jeito que eu nunca soube.
Ana Eliza

sexta-feira, 15 de abril de 2011


Quando pensava em parar, o telefone tocou. Então uma voz que eu não ouvia há muito tempo, tanto tempo que quase não a reconheci (mas como poderia esquecê-la?), uma voz amorosa falou meu nome, uma voz quente repetiu que sentia uma saudade enorme, uma falta insuportável, e que queria voltar[...]insistiu, para sermos felizes juntos. Eu disse que sim, claro que sim, muitas vezes que sim, e aquela voz repetiu e repetia que me queria desta vez ainda mais, de um jeito melhor e para sempre agora.

quarta-feira, 13 de abril de 2011


Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.

Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.

domingo, 10 de abril de 2011

 

Eu precisava das suas mentiras hoje para poder sentir uma paz de espírito que eu só sinto quando você menti que me ama, menti que me quer, menti que me deseja pra sempre como tua única e eterna mulher. Então menti pra mim hoje, menti pra mim amanhã, simplismente minta, pois existe uma parte iludida de mim que adora saber das suas mentiras.

Elen Abreu

sábado, 9 de abril de 2011


Às vezes me lembro dele. Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo.

Não tenha medo da quantidade absurda de carinho que eu quero te fazer. E de eu ser assim e falar tudo na lata. E de eu não fazer charme quando simplesmente não tem como fazer. E de eu te beijar como se a gente tivesse acabado de descobrir o beijo. E de eu ter ido dormir com dor na alma o final de semana inteiro por não saber o quanto posso te tocar. Não tenha medo de eu ser assim tão agora. E desse meu agora ser do tamanho do mundo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011


Eu quero ser possuída por você, pelo seu corpo, pela sua proteção, pelo seu sangue. Me ama! Eu quero que você me ame e fique eternamente me amando dentro de mim. Com sua carne e o seu amor. Eternamente, infinitamente dentro de mim me envolvendo, me decifrando, me consumindo, me revelando. Como uma tarde dentro do elevador, no verão, voltando da praia e você me abraçou e eu te abracei. E quanto mais eu me entregava, mais nascia o meu desejo, mais sobrava só o desejo, e mais eu te queria sem palavras, sem pensamentos. A vida inteira resumida só no desejo da tua boca dizendo o meu nome, da tua mão conduzindo a minha mão, do teu corpo revelando o meu corpo, como se o mundo fosse pela primeira vez. Você o meu ponto de referência nessa cidade.
Maria Bethânia 

domingo, 3 de abril de 2011


'Agora me diz como posso ter esperança se a cada corda que eu agarro para me erguer do fundo desse poço quebra antes mesmo que eu consiga chegar ao meio do caminho?'

Ana Eliza

'Negue seu amor, o seu carinho. Diga que você já me esqueceu. Pise, machucando com jeitinho este coração que ainda é seu. Diga que meu pranto é covardia, mas não se esqueça que você foi meu um dia. Diga que já não me quer, negue que me pertenceu que eu mostro a boca molhada ainda marcada pelo beijo seu.'
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser. E de dizer coisas que podem magoar e te ofender. Mas cada um tem o seu jeito todo próprio de amar e de se defender.  Você me acusa e só me preocupa, agrava mais e mais a minha culpa. Eu faço, e desfaço, contrafeito.  O meu defeito é te amar demais, palavras são palavras e a gente nem percebe o que disse sem querer  e o que deixou pra depois. Mais o importante é perceber que a nossa vida em comum depende só e unicamente de nós dois. Eu tento achar um jeito de explicar, você bem que podia me aceitar. Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser mas é assim que eu sei te amar.

Maria Bethânia - Um jeito estúpido de te amar.