sábado, 30 de abril de 2011


'Esse pode não ser o momento certo. Você pode não ser a pessoa certa. Mas há alguma coisa sobre nós que eu quero dizer. Porque há algo entre nós de qualquer maneira. Eu posso não ser a pessoa certa. Esse pode não ser o momento certo. Mas há algo sobre nós que eu tenho que fazer. Algum tipo de segredo que eu compartilharei com você. Eu falo com você mais do que com qualquer um em minha vida. Eu divido coisas com você mais do que com qualquer um em minha vida. Eu rio com você mais do que com qualquer um em minha vida. Eu saio com você mais do que com qualquer um em minha vida. Eu preciso de você mais do que qualquer coisa em minha vida. Eu quero você mais do que qualquer coisa em minha vida. Eu sentiria sua falta mais do que de qualquer um em minha vida. Eu amo você mais do que qualquer um em minha vida.'

quarta-feira, 27 de abril de 2011


'O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, os afastamentos que acontecem . Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras, voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser. Acontece que entre o ainda-não-é-hora e nossa-hora-chegou, muita gente se perde. Não se perca, viu ?'

O amor mais bonito.

 
No instante que me iludo, é quando você me esquece. Quando volto à tona, você mergulha nos meus olhos. Se eu te roubo rosas vermelhas, você faz "bem-me-quer". Quando hesito, é quando você já está na estrada. Se me perco no teu beijo, você fica tentando encontrar um caminho. Quando me encho de receio, você me diz estar pronta. Eu te ponho em xeque-mate, você me diz que cansou de jogar. Quando não quero me machucar, você me telefona no meio da noite. Eu vejo o sol nascer no mar, você se preocupa em não molhar os pés. Quando eu não durmo, é quando você sonha loucuras sobre nós dois. Quando sinto teu gosto na minha boca, você pede economia nos clichês. Se não quero parecer patético, você se diz um poema apaixonado. Eu quero parar o tempo, você procura seu relógio embaixo da cama. Quando me escondo, é quando você me quer em cima de você. Se apresso meu passo na sua direção, você engata a marcha ré. Quando reuno meus pedaços, você dá o coração para bater. Eu deito no seu colo, você se preocupa em fechar a janela. Quando me poupo, é o instante que você se dá de graça. Se ando em alta velocidade, você conta os níqueis pro pedágio. Eu perco as chaves, você insinua mudar pro meu apartamento. Um amor físico, fatídico, real, raro e patente. Um amor que nasceu, mas nunca viveu. Um amor que aconteceu, mas não foi ocupado. Daquelas comédias românticas que ninguém tem tempo de rir, pois já começa pelo final. Os amores mais bonitos são aqueles que nunca foram usados. 
 
Gabito Nunes
Quando vem isso, essa angústia, essa falta de eletricidade entre nós, te mando embora. Mas fico impressionada de como você muda na hora de ir. Fica mais bonito, mais comovente, mais engraçado, mais tentador, mais charmoso, mais irresistível. Mas, e daí? Fica. Foi uma crise dessas internas, quando o sentido de tudo sofre um mal súbito. Você sabe, eu procuro o amor romântico. O que vou fazer? Não sei me enganar. Acho que é instinto, algo muito maior que eu. Bastam uns dias sem te ver pra eu já não saber o que fazer com os próximos. Por um fio não pego um banquinho alto e tento me decapitar com a hélice do ventilador de teto. Talvez uma morte ridícula possa animar minha noite. Mas eu não quero morrer, é uma depressão, um cansaço que chega quando o sentido se esconde. São apenas mudanças. Nossas necessidades trocam o tempo todo, hoje carinho, amanhã sexo, depois dinheiro, romance, diversão, solidão, quietude ou merda qualquer. Quando vê a gente se perde. É só tudo perder o sentido e a gente se separa. É só a gente se separar pro sentido voltar. O brabo é toda hora ficar procurando uma nova canção que sirva pra nós. Isso me incomoda. Ontem, eu premeditei seriamente em te dizer "olha, senta aqui, não tá dando mais, acho que vou seguir um caminho diferente e mais fácil, não fala nada não, eu já me decidi". Eu realmente me sinto culpada por pensar assim, às vezes, toda semana. Não sei se você concorda comigo, mas estar junto não é tão ruim assim. Então, fica sempre pra depois. Não vou dizer que é tudo mágico. Mas eu também não quero perder nada. Você vai argumentar com alguém com todos aqueles trejeitos engraçados e quero estar lá pra rir. Vai roçar com a ponta de todos os dedos a barba mal feita no gogó e eu quero estar lá pra implicar. Eu quero protestar quando seus pratos não seguem a receita que achei na internet. Tem sempre um filme na tevê que ainda não passou. Não sei se é apego ou porque minha vontade de saber o que você vai me aprontar amanhã nunca cessa. Tem sempre algo que a gente sonhou fazer juntos e não quer deixar inacabado. Ninguém tira meia fotografia, ninguém viaja até a metade do caminho, não fica bem sair no meio de uma peça de teatro, ninguém telefona por meia pizza. Um trabalho não finalizado não é um trabalho. Vai ter sempre algo. Uma roupa pra buscar, uma festa de aniversário de algum amigo em comum, um truque novo na cama, um episódio de estreia daqueles seriados que você me ensinou gostar, a doença da sua mãe. Essas pequenas coisas. De algo em algo, a gente vai levando. As coisas que acabei de dizer, leve em consideração só até a meia-noite. Eu sempre tento virar a página sem grifar as partes importantes com alguma caneta de cor alarmante. Mesmo num amor de linhas tortas como o nosso, o fim parece um erro, como um ponto final no meio da frase. 

Gabito Nunes. 

sábado, 23 de abril de 2011


Se não fosse amor, não haveria planos, nem vontades, nem ciúmes, nem coração magoado. Se não fosse amor, não haveria desejo, nem o medo da solidão. Se não fosse amor não haveria saudade, nem o meu pensamento o tempo todo em você (...)

(...) e assim vamos fluindo, juntos, correnteza leve, por favor.Que não estamos assim muito prontos pra grandes tormentas.Tá tudo bem na verdade é só uma questão de se encontrar.Porque às vezes eu me perco e fico me procurando, e não me acho.Mas quem sabe assim, deixando que a água vá me levando, não dá certo, né?

quinta-feira, 21 de abril de 2011


Então vem, que eu quero amar você sem ter os pés no chão. Dona do meu sorriso te trouxe essa canção. Contigo quero me perder, num sonho em que te guardei, meu mundo ficou mais bonito desde que te encontrei. Tapete, mãos e pés, noite, chuva, sorriso, você é o resumo de tudo que eu preciso. Sol na madrugada que esquentou o meu colchão lua, gota e sol te mostro como é bom dois corações embalados na batida no mesmo compasso que alegrou a minha vida Se tudo fosse como eu quisesse, você estaria aqui se tudo fosse como eu quisesse, ninguém precisaria partir.

Mateus - Te trouxe esta canção

quarta-feira, 20 de abril de 2011


Poderíamos casar. Não chegaríamos sequer perto do exemplo de família perfeita. Teríamos um apartamento, quem sabe uma casa com jardim e um cão com pêlo brilhante. Improvável.Tomaríamos café as cinco da tarde. Você reclamaria o fato de eu ligar o chuveiro horas antes de ir para o banho. Eu, por você ter arranhado meu CD de jogo favorito. Eu não admitiria o quanto você fica bonito quando bravo e você não diria que lembra da cor do sapato que eu usei quando nos vimos pela primeira vez. Discordaríamos quanto a cor das cortinas. Não arrumaríamos a cama diariamente. A geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias.Adiaríamos o despertador umas trinta e duas vezes só para ficarmos horas na cama enrolando e falando qualquer besteira.Você me ensinaria alguma coisa sobre futebol, e eu te convenceria a assistir aquele filme no cinema. Sentaríamos na sala de pijama e pantufas, você iria direto para o caderno de esportes no jornal e eu comentaria alguma notícia qualquer. Você saberia o nome do meu perfume, eu saberia onde você largou a última edição da revista de música. Sairíamos pra jantar em algum dia de chuva e não nos importaríamos em chegarmos encharcados. Dormiríamos com o computador ligado.Nos beijaríamos no meio de alguma frase. Você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração.Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia. Saberíamos. Poderíamos casar. '

segunda-feira, 18 de abril de 2011


E meu maior medo é de ti ligar na madrugada e minha chamada ficar em espera porque você está justamente falando com ela. Aquela que agora tá fazendo você feliz de um jeito que eu nunca soube.
Ana Eliza

sexta-feira, 15 de abril de 2011


Quando pensava em parar, o telefone tocou. Então uma voz que eu não ouvia há muito tempo, tanto tempo que quase não a reconheci (mas como poderia esquecê-la?), uma voz amorosa falou meu nome, uma voz quente repetiu que sentia uma saudade enorme, uma falta insuportável, e que queria voltar[...]insistiu, para sermos felizes juntos. Eu disse que sim, claro que sim, muitas vezes que sim, e aquela voz repetiu e repetia que me queria desta vez ainda mais, de um jeito melhor e para sempre agora.

quarta-feira, 13 de abril de 2011


Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.

Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.

domingo, 10 de abril de 2011

 

Eu precisava das suas mentiras hoje para poder sentir uma paz de espírito que eu só sinto quando você menti que me ama, menti que me quer, menti que me deseja pra sempre como tua única e eterna mulher. Então menti pra mim hoje, menti pra mim amanhã, simplismente minta, pois existe uma parte iludida de mim que adora saber das suas mentiras.

Elen Abreu

sábado, 9 de abril de 2011


Às vezes me lembro dele. Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo.

Não tenha medo da quantidade absurda de carinho que eu quero te fazer. E de eu ser assim e falar tudo na lata. E de eu não fazer charme quando simplesmente não tem como fazer. E de eu te beijar como se a gente tivesse acabado de descobrir o beijo. E de eu ter ido dormir com dor na alma o final de semana inteiro por não saber o quanto posso te tocar. Não tenha medo de eu ser assim tão agora. E desse meu agora ser do tamanho do mundo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011


Eu quero ser possuída por você, pelo seu corpo, pela sua proteção, pelo seu sangue. Me ama! Eu quero que você me ame e fique eternamente me amando dentro de mim. Com sua carne e o seu amor. Eternamente, infinitamente dentro de mim me envolvendo, me decifrando, me consumindo, me revelando. Como uma tarde dentro do elevador, no verão, voltando da praia e você me abraçou e eu te abracei. E quanto mais eu me entregava, mais nascia o meu desejo, mais sobrava só o desejo, e mais eu te queria sem palavras, sem pensamentos. A vida inteira resumida só no desejo da tua boca dizendo o meu nome, da tua mão conduzindo a minha mão, do teu corpo revelando o meu corpo, como se o mundo fosse pela primeira vez. Você o meu ponto de referência nessa cidade.
Maria Bethânia 

domingo, 3 de abril de 2011


'Agora me diz como posso ter esperança se a cada corda que eu agarro para me erguer do fundo desse poço quebra antes mesmo que eu consiga chegar ao meio do caminho?'

Ana Eliza

'Negue seu amor, o seu carinho. Diga que você já me esqueceu. Pise, machucando com jeitinho este coração que ainda é seu. Diga que meu pranto é covardia, mas não se esqueça que você foi meu um dia. Diga que já não me quer, negue que me pertenceu que eu mostro a boca molhada ainda marcada pelo beijo seu.'
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser. E de dizer coisas que podem magoar e te ofender. Mas cada um tem o seu jeito todo próprio de amar e de se defender.  Você me acusa e só me preocupa, agrava mais e mais a minha culpa. Eu faço, e desfaço, contrafeito.  O meu defeito é te amar demais, palavras são palavras e a gente nem percebe o que disse sem querer  e o que deixou pra depois. Mais o importante é perceber que a nossa vida em comum depende só e unicamente de nós dois. Eu tento achar um jeito de explicar, você bem que podia me aceitar. Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser mas é assim que eu sei te amar.

Maria Bethânia - Um jeito estúpido de te amar.